Carbono 14 ajuda a elaborar cronologia do Egito antigo

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Uma data confirmada por carbono 14 permitiu estabelecer, pela primeira vez, a cronologia precisa do Egito dos faraós e ratificou várias estimativas anteriores, gerando algumas revisões históricas, destacou estudo publicado na revista científica Science. Embora algumas cronologias prévias fossem relativamente exatas, era difícil determinar datas precisas para certos eventos do Egito antigo. A localização cronológica de diferentes dinastias feitas com base em estudos de documentos epigráficos, históricos e arqueológicos tornava ainda mais difícil estabelecer datas, já que em cada novo reinado se voltava a começar do zero.

O carbono 14 permitiu situar cronologicamente com exatidão o Império Antigo, que mostrou ser mais velho que as estimativas de datas realizadas até o presente.
Essa cronologia científica revela também que o reino de Dyeser começou entre 2691 e 2525 antes de Cristo, quando as datações precedentes o situavam no ano 2630 antes de Cristo.

O Império Novo começou entre 1570 e 1544 a.C. Até agora se pensava que havia começado ao redor de 1500 a.C.

Para fazer a datação com carbono 14, os pesquisadores recolheram em museus da Europa e da América 211 amostras de arte egípcia, sementes, cestaria, têxteis, plantas e frutas.

“Pela primeira vez o carbono 14 é suficientemente preciso para estabelecer uma cronologia absoluta”, disse Bronk Ramsey, da Universidade de Oxford, Reino Unido, principal autor deste trabalho divulgado na revista Science de 18 de junho.

“Acho que os egiptólogos celebrarão ao saber que com uma pequena equipe de pesquisa independente corroboramos um século de pesquisas em apenas três anos de trabalho”, destacou em um comunicado.

Participaram do estudo cientistas de França, Áustria e Israel.

(UOL)

Nota: Segundo o teólogo e pesquisador de arqueologia bíblica Luiz Gustavo Assis, as datas são relativamente próximas dos eventos bíblicos. “O Novo Império é justamente o surgimento da 18ª dinastia, que acreditamos ser o ambiente histórico da narrativa do Êxodo”, diz o pastor Luiz. Mas ele faz uma ressalva: “A ideia de se estabelecer datas precisas de eventos distantes do passado é bem perigosa. Eu diria que algumas datas bíblicas são bem estabelecidas (722 a.C. - destruição de Samaria; 925 a.C. - invasão de Sisaque em Jerusalém, etc.). Mas a tarefa se torna mais difícil com datas anteriores ao ano 1300 a.C. Tenho visto alguns estudos que apresentam o dia, o mês e o ano do Êxodo, por exemplo. A meu ver, nem o texto bíblico nem documentos egípcios fornecem informações assim.” Para o teólogo, há também um detalhe capcioso no texto: “Notei algo nas entrelinhas do que Ramsey disse: ‘Acho que os egiptólogos celebrarão ao saber que com uma pequena equipe de pesquisa independente corroboramos um século de pesquisas em apenas três anos de trabalho.’ A mensagem que captei dessa frase é a seguinte: o trabalho do cientista é superior ao do arqueólogo, egiptólogo e do historiador. ‘Somos rápidos e precisos.’” Em suma, segundo Luiz, as datas não estão contra a cronologia interna das Escrituras. “Creio que a data bíblica para o Êxodo seja em torno de 1450-1440 a.C, como a famosa obra do Edwin Thiele sugere. Mas não vejo motivo de ser tão preciso a ponto de estabelecer o dia e o mês. Na tentativa de se ter a melhor moldura, muitos podem se esquecer de visualizar o quadro”, finaliza.[MB]

1 comentários:

Anônimo disse...

Para comentar esse artigo, quero apresentar uma posição extrema e outra lúdica, ambas contestadoras dessa certeza científica.

Radical

Anatoly Timofeevich Fomenko, professor-doutor de Matemática, nascido na Ucrânia em 1943, um dos mais respeitados especialistas em topologia, e membro vitalício e permanente da Academia de Ciências de Moscou. Fomenko diz em sua obra de sete volumes que "a história escrita do mundo não tem mais de 1000 anos”; (...) “e que não se pode afirmar com certeza absolutamente nada que ocorreu antes do sec. XVI. Para isso, ele mostra várias incoerências da cronologia oficial, a falta de fontes primárias desse período, as falhas na datação por carbono, etc.”

Fomenko não é o único e nem o primeiro a “questionar a cronologia oficial, Isaac Newton, e outros, também escreveram sobre isso.” É uma discussão em aberto.

Coerente

Em comemoração ao ano da teoria da evolução a Globo News, promoveu um debate no dia 24 de fevereiro, entre o zoólogo evolucionista Dr. Mário Pinna e o geólogo criacionista Dr. Nahor Neves de Souza Jr. O canal foi feliz, pelo simples fato de dar espaço para os dois modelos.

A professora Juciane França, que é bacharel e mestre em Química pela UFPR, criacionista de carterinha, e docente do Ensino Médio, apedido do sitio “Outra leitura”, comentou sobre o que viu e ouviu em debate. Porém, o que interessa no momento é a datação por Carbono 14.

A pergunta é a seguinte:

No campo da Química, quais são os principais embates entre evolucionistas e criacionistas?

No primeiro ano do ensino médio, os alunos aprendem sobre os isótopos. E a primeira pergunta que eles fazem é sobre a datação dos fósseis utilizando o carbono 14. Muitos alunos acreditam realmente que o planeta passou por muitas transformações e possui milhões e milhões de anos. Estudando mais sobre o método de datação baseado no carbono 14, percebemos algumas falhas, o que evidencia uma metodologia não precisa e com muitas limitações. O carbono 14 se encontra em equilíbrio na atmosfera terrestre. Mas esse equilíbrio que hoje observamos não é o mesmo equilíbrio que havia na Revolução Industrial, por exemplo. Para se determinar de maneira correta a idade dos fósseis, seria necessário o tratamento prévio da amostra através de descontaminação de carbono 14 superficial. Com esse tratamento preliminar, a datação não passaria de alguns milhares de anos. A grande maioria dos cientistas que utiliza essa técnica de datação não toma o devido cuidado com as amostras, e uma vez que a descontaminação não é feita, elas apresentam milhões e milhões de anos.

Para alguns o Dr. Anatoly Timofeevich Fomenko não passa de um delirante. para outros a professora do Ensino Médio é simplória demais. Ora, com quem está a reposta que satisfaz? Sob o óculos bíblico a resposta está na simplicidade.

Notas:

a) O método Carbono 14 se refere ao uso da radioatividade para se determinar em que período da história humana pertence determinado objeto. Os objetos precisam ser de origem biológica (ossos, tecidos, madeira, e fibras de plantas usadas em atividades humanas) com até 50 mil anos.

b) Topologia é o ramo da matemática que estuda os espaços topológicos, sendo considerado como uma extensão da geometria.


Fontes:

Projeto Ockham
http://www.projetoockham.org/cgi-bin/yabb/YaBB.cgi?board=dragao;action=display;num=1143143616

Outra Leitura
http://www.outraleitura.com.br/web/artigo.php?artigo=63:Mestre_em_quimica_fala_sobre_criacionismo_e_evolucionismo