quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
A alguns anos atrás no ano de 2002 se não me engano, essa matéria com um titulo nada amistoso como a gente pode olhar na capa da Super Interessante foi uma surpresa para muita gente, você caro leitor nem tem a idéia de que o escritor dessa matéria que realmente chama a atenção de fato, era um jornalista na área de turismo que se mostrou um verdadeiro leigo no assunto de arqueologia biblica, para começar ele fez um resumão de varias partes do livro polêmico de Israel Finkelstein “E A BIBLIA NÃO TINHA RAZÃO”, para se ter uma idéia ele nem se deu o trabalho de pesquisar o outro lado da historia que não concordavam com as alegações do Israelense sendo algumas dessas pessoas arqueólogos de renome e reconhecimento tão respeitados e competentes quanto Finkelstein, pois bem eu achei na internet a carta de um leitor que mandou um e-mail para eles refutando várias afirmações e erros na matéria da revista, mas os caras não publicaram pois sabiam que isso ia pegar mal para eles porque o reclamante tem doutorado de historia pela Escola de arqueologia da Universidade de Liverpool, vejam a carta dele para a revista:
Marcio L. Redondo
Comprei a revista Superinteressante de julho devido à reportagem de capa (A Bíblia passada a limpo), pois trata de assunto de minha especialização.
O articulista, Vinícius Romanini, deve ser elogiado pela sua disposição de tratar de um assunto difícil. No entanto, o artigo ficou muito aquém do que os leitores da revista merecem, pois apresenta demasiadas incorreções. Vejamos algumas:
1) “Torá” não significa “lei” (p. 41, Superinteressante, jul. 2002), mas “instrução”.
2) No seu artigo, Romanini afirma que “o povo hebreu entrou em contato com o mito de Gilgamesh no século VI a.C.” (p. 43). Essa colocação é questionável, pois a descoberta em Megido de um fragmento do Épico ou Mito de Gilgamesh datado de meados do século
3) É interessante a declaração de que as “Dez Pragas [do êxodo] seriam o eco de um desastre ecológico ocorrido no Vale do Nilo” (p. 43). G. Hort foi a primeira pessoa a oferecer uma explicação científica plausível ao relato das pragas, inclusive levando em conta os inúmeros detalhes encontrados nesse relato e demonstrando a relação causa–efeito entre as pragas. Essa explicação sugere que a história das dez pragas é o relato cuidadoso de testemunhas oculares do evento, e não o simples eco de um desastre ecológico. É temerário, portanto, dizer que “o êxodo nunca aconteceu”, como é dito na capa da revista.
4) A afirmação de que os camelos ainda não haviam sido domesticados por volta de 1850 (p. 43) é infundada. Veja-se, por exemplo, a estatueta de um camelo ajoelhado, a qual foi descoberta em Biblos, sendo-lhe atribuída a data de aproximadamente século 19 ou
5) Ao contrário do que afirma o articulista, a pedra de basalto encontrada em 1993 não menciona a existência de um rei hebreu chamado Davi (p. 45). O texto diz simplesmente bytdwd. O exato significado dessa expressão, que vários estudiosos entendem ser “casa (ou dinastia) de Davi” é objeto de disputa.
6) Romanini rejeita a afirmativa bíblica de que Salomão construiu palácios e fortalezas
7) Ligada ao ponto anterior, encontramos ainda a afirmação de que foi Omri quem determinou a construção dos palácios de Megido (p. 45) e de que “Salomão nunca ergueu palácios” (p. 46). Essa idéia, que Romanini provavelmente extraiu de sua leitura de The Bible Unearthed (livro mencionado no final do artigo), envolve questões muito técnicas, tais como datação de cerâmica, cultura material de vários sítios arqueológicos e movimentos migratórios de diferentes povos. Contudo, “com base em sólidos argumentos arqueológicos a comunidade arqueológica em geral rejeita a cronologia cerâmica de Finkelstein”.
8) É dito que o livro de Deuteronômio “possui até profecias que afirmam [...] que um rei chamado Josias [...] seria escolhido por Deus para salvar os hebreus” (p. 47). Qualquer leitor cuidadoso da Bíblia sabe que Deuteronômio não traz tal profecia.
9) Finalmente, quanto à origem de Jesus, Romanini começa dizendo que “alguns textos apócrifos dos séculos II e III sugerem que Jesus é fruto de uma relação de Maria com um soldado romano” (p. 47). Logo
Marcio L. Redondo é pastor batista, coordenador de pós-graduação e pesquisa da Faculdade Teológica Sul-Americana e coordenador para o Paraná do Grupo de Trabalho de História Antiga da Associação Nacional de Professores Universitários de História. É doutor em história antiga pela Escola de Arqueologia da Universidade de Liverpool, Inglaterra
5 comentários:
eu tinha essa superinteressante, a revista e o entrevistado foram totalmente parciais e usaram de achismo em diversos ponto do artigo...essa edição da revista foi lamentavél...
Para vc ver como são as coisas, eles nem se deram ao luxo de entrevistar o outro lado da historia uma vergonha
Bom dia senhores, encontrei dias desses um video no youtube do prof. Riacrdo Silva falando sobre Adão é Eva,constratando os fatos com os escritos cunieformes a era dos sumérios, poderiam olha o que diz o video? tenho algumas duvidas e gostaria por gentileza que me dessem um parecer sobre o mesmo,desde já muito obgd.
http://www.youtube.com/watch?v=bu4iVgRODBs&feature=PlayList&p=ABD3D7E34412FBCE&playnext=1&playnext_from=PL&index=69
gosto da superinteressante
e também de arqueologia!!!
Muito boa essa postagem!!!
Fiquem com Deus!
Super lixo ess revista é um verdadeiro lixo e quem gosta de lixo deveria sempre comer lixo.
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