O ossuário do irmão de Jesus e o silêncio da mídia

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Quando descobrem um fóssil duvidoso tido por algum especialista como "elo perdido" ou coisa que o valha, a mídia geralmente faz aquele estardalhaço. Por que, então, silenciaram sobre a primeira descoberta arqueológica referente a Jesus e Sua família? O ossuário (urna funerária, foto abaixo) de Tiago data do século 1 e traz a inscrição em aramaico "Tiago, filho de José, irmão de Jesus" (Ya'akov bar Yosef achui d'Yeshua). Oculto por séculos, o ossuário foi comprado muitos anos atrás por um colecionador judeu que não suspeitou da importância do artefato. Só quando o renomado estudioso francês André Lemaire viu na urna, em abril de 2002, a inscrição na língua falada por Jesus, foi que se descobriu sua importância. O ossuário foi submetido a testes pelo Geological Survey of State of Israel e declarado autêntico. Segundo o jornal The New York Times, "essa descoberta pode muito bem ser o mais antigo artefato relacionado à existência de Jesus".

Estou lendo o ótimo livro O Irmão de Jesus (Editora Hagnos, 247 p.), que trata justamente da descoberta do ossuário de Tiago. A autoria é de Hershel Shanks, fundador e editor-chefe da Biblical Archaeology Review, e de Ben Witherington III, especialista no Jesus histórico e autor de vários livros sobre Jesus e o Novo Testamento. O prefácio é do próprio Lemaire, especialista em epigrafia semítica e autoridade incontestável no assunto. Hershel conduz a história de maneira muito interessante, revelando os bastidores da descoberta e as reações a ela, afinal, o ossuário, além de autenticar materialmente o Jesus histórico, afirma que Ele tinha um irmão chamado Tiago, filho de José e, possivelmente, também de Maria. Segundo a revista Time, trata-se de "uma história de investigação científica com alta relevância para o cristianismo", talvez por isso mesmo deixada de lado por setores da mídia secular e antirreligiosa.

O livro é bom, o achado é tão tremendo quanto o dos Manuscritos do Mar Morto (na década de 1940), e eu estou fazendo minha parte, divulgando-o aqui. Vale a pena ler!

Michelson Borges


2 comentários:

Anônimo disse...

Pois é, seria interessante contextualizar o que cerca esta descoberta. O ossuário é autêntico, data do século I dC, assim como PARTE da inscrição foi reconhecida como autêntica. O que me intriga é que o próprio Simcha afirma que a dúvida sobre a inscrição está na PRIMEIRA parte da inscrição, e não na SEGUNDA, vinculando a família de Jesus, e que por isso o resultado da análise(de alguns especialistas) é altamente contraditório. Já os defensores da "ciência" bíblica dizem que a segunda parte é a falsa. Assim, aguardo seu comentário sobre isso!

Anônimo disse...

Simcha como ja deve saber,nao é cristão. Para ele e para mim, existiram muitos "Jesus" ao longo da Historia, na época Jesus era um nome bem comum tendo como forte evidencia que seria apenas uma grande coincidencia. Mas se olhar por outro lado, gostaria que me desse a fonte de onde alguem te disse que a segunda parte seria a falsa.
Aguardo comentário...